domingo, 27 de julho de 2008

Amargo

Sobeja um amargo de boca.

Secou a doçura do momento
e desfaço-me
contra as paredes
da casa
aos trambolhões
como uma pedra
pontapeada.

Não quero voltar
a nascer pedra.

10 comentários:

Anónimo disse...

quantas vezes nao somos pedras nas mãos dos outros....

A. João Soares disse...

Faz-te borboleta, linda crisálida! Olha para os outros lá de cima e poisa onde mais te apetecer, saboreia o doce e levanta para pairar noutro local. Pedra não, a não ser bem esculpida e polida quase a respirar, como a Vénus de Milo.
Beijos
João

wind disse...

Então faz para não nasceres pedra:)
Beijos

Anónimo disse...

Vejo que gistas de palavras, tanto como eu... vou passear por aqui. aparece, também, lá no meu quintal.

Abraço,
Sónia

peciscas disse...

Não nasceste pedra. Porque uma pedra não tem sensibilidade nem emoções.

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Uma visita para conhecer o que de novo vai publicando.

Por diversas razões ando um pouco afastado da net mas nunca esqueço as amigas.

Beijos

jorge esteves disse...

A doçura depende mais de como se vive e menos de como se nasce...

Abraços!

poetaeusou . . . disse...

*
pedras
areia condensada . . .
,
jinos
,
*

xistosa, josé torres disse...

Compreendo a revolta da vida quando sobeja um amargo de boca.

Menina Marota disse...

Então que a pedra se transforme numa doce recordação... retira as arestas pontiagudas que te feriram e deixa-a deslizar no teu coração...

Beijinhos ;)