terça-feira, 30 de março de 2010

Respiração


Posso dizer-te num poema
a música já ouvida
do outro lado do mar
e posso contar-te
a minha ideia de poder
sentir a vida
em cada verso.

Eu - num poema -
poderei falar-te de tanto
e tu não saberás
entender de onde vem o som
da saudade;
nem (sequer)
procurarás ouvir
a tonalidade magoada
da tua própria respiração.


Foto minha.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pelos meus olhos


-Sabes por que vejo azul
nas tuas páginas?
Os teus poemas são feitos
de mim e de mim cantam
as tuas palavras.

-Sabes por que de azul
vestes os teus quadros?
As tuas pinturas são feitas
de mim e de mim cantam
os teus dedos.

De azul é a minha vida
(pelos meus olhos)
quando por ti chamo;
e tu - de azul -,
me respondes:

Amor.


Foto minha.

terça-feira, 16 de março de 2010

Falei?


Já te falei do cansaço
após a viagem?
Falei-te da falta que me fazes?
Talvez te tenha falado
como me fatigam
as palavras que se têm que dizer.

Falei-te - certamente -
da incompreensão
com que esbarro a cada passo.

Por tudo o que te falei
ou não falei
- talvez te tenha dito -
não regressarei.


Foto minha.

sábado, 13 de março de 2010

Um nascimento


Hoje fui avó pela 6ª vez.

Matilde.

Nasceu em Inglaterra às 20h55m. Filha do meu filho mais novo.

Celebro o nascimento. Uma coisa que sempre me emociona(ou/ará)) e me transcende(eu/erá)).

VIVA!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Pedra


Diria que o arrepio
é de frio - está frio -,
mas eu penso
que o som da música
influencia este arrepio.
Não será frio,
talvez seja o calor
da lareira e o laranja
das chamas
a atrairem a minha atenção.

Arrepio-me, verdadeiramente,
como se o frio penetrasse
pela ponta de uma faca
- está frio -,
mas é o calor
que me arrepia
e me submete
à condição final
de pedra.


Foto minha.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Luís Gaspar e o Estúdio Raposa

Aqui vai o link para ouvirem 6 poemas meus, ditos pela voz inconfundível do Luís Gaspar!

Obrigada, Luís.


Poesia Erótica do Estúdio Raposa