terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Mil e uma facetas

Este poema já o escrevi há 2 anos, mas não me lembro se o publiquei. Como gosto dele assim, ei-lo:

Desdobro-te em mil facetas
fascinantes
frágeis
num jogo de escondidas
e tu deixas-te doce
dançar a música
deambulando
nos meus dedos
na dobra que desdobro
frágil e fascinante
talvez mil e uma facetas
que deixas a descoberto
quando não sorris
e a felicidade passa aqui
e a música sobe no ar
e eu te desdobro
te arranho e te marco
e mordo os teus lábios
quando não sorris
desdobrando-te alucinada
na ponta dos meus dedos.

9 comentários:

Isabel Filipe disse...

ainda não o conhecia ...

é bem lindo.


bjs

wind disse...

Sensual e tu tomas conta do "jogo":)
Beijos

peciscas disse...

Também ainda não conhecia.
Tem a tua marca.

A. João Soares disse...

Uma linda brincadeira com o lenço com que se limpam os lábios as faces, sentindo a maciez da seda, a carícia sensual na epiderme ávida de carícias.
E o lenço pode ser a representação de uma fantasia mais desejada.
E a poeta, sabendo utilizar pequenos gestos, elabora as mais lindas construções etéreas.
Muito lindo, ao nível do que nos tem oferecido. Bem haja.
Beijos
João

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José Leite disse...

Excelente incursão erotico-poética
ao universo da líbido, com desibição e magia!

Excelente, até pela simplicidade!

António Sabão disse...

Muito bonito!
bj

Espaços abertos.. disse...

Um toque alucinante de sentimentos que se desdobram alucinadamente.
Beijinhos
Zita

Rafeiro Perfumado disse...

E porquê 1001 facetas e não 1037?

Amaral disse...

A "Wind" tem razão!
Tu tomas conta do "jogo", ainda que ele seja às escondidas e onde "vale tudo" para espreitar a felicidade que passa...