quarta-feira, 2 de julho de 2008
O outro lado
No lado de lá
que não visitei
espera-me a folha de papel
em branco
onde penso poder escrever
mil ideias
e soletrá-las,
talvez declamá-las
ao som da música
que escolherei,
sob as árvores
que me acolherão.
E brevemente
o aplauso se fará ouvir
e quando ele ecoar
o tempo
se fará irrisório.
Foto: Gustavo Lebreiro
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
Poeta, artista, a preparar a acção. Nada deve ser deixado inteiramente ao acaso. Par isso, bastam os «inteligentes» políticos, para quem os recursos são inesgotáveis e podem errar e depois, perante as reclamações, recuar e voltar a errar de forma um pouco diferente. O povo paga.
Parabéns por este poema que é um tratado de estratégia de gestão! Um poeta também tem de ser gestor do seu talento, do seu tempo, do papel em branco que vai ser enriquecido com ideias traduzidas em belas palavras, depois soletradas, declamadas, aplaudidas.
Beijos
João
Gostei.
Beijos
*
o irrisório
das ideias baças,
vazias.
em folha colorida
de invisíveis palavras,
,
Jinos
,
*
Muito bom. Claro que gostei.
Eduardo
Vim aqui através do Art & Disign da nossa querida amiga Isabel Filipe, gostei, e agora percebi a atribuição do DESTAK. Totalmente merecido Parabéns.
Beijos do Beezz
A ilusão alimenta-nos ...
É isso que é belo e eu admiro.
Do outro lado da folha, pode não haver papel ...
Talvez até seja melhor ... não se escreverão as loas, (hinos), mas ouvir-se-ão os troantes aplausos, afinal, o último sopro duma vida!
Olha que a minha visão "do outro lado" é muito semelhante à tua. Gostei!
Do lado de lá...esse que não visitámos...há sempre alguma coisa à nossa espera, para pudermos dizer do que é importante, da forma que melhor sabemos. De pena ou pincel, de sorriso ou lágrima, é preciso dizê-lo!
Enviar um comentário