segunda-feira, 14 de julho de 2008

Gritos


Já os gritos emudecem
de espanto feitos
e as frutas caiem
das árvores
amadurecidas de vento
e pelas minhas mãos
envelhecidas
calam-se a revolta
e a ternura.


Foto: Gustavo Lebreiro

10 comentários:

wind disse...

este poema é um "grito" de desespero.
Beijos

Anónimo disse...

Paula Raposo,

E esquecia-me de Si ...!

Se o conseguir, o meu agradecimento sincero será editado aqui em Sete Mares e no Seu blogue também.

Um obrigado profundo e sentido, Seu

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Julho de 2008

Unknown disse...

É pena que a ternura se cale. Mas é um belo poema. O mar fica mais calmo. Menos revoltoso. A foto é bonita. Beijo.
Eduardo

A. João Soares disse...

Que bela descrição do Outono, triste, como é da tradição. Mas é preciso não desprezar o Outono, com a sua beleza muito especial, nas vinhas o amarelo acastanhado das folhas, na adega o cheiro do mosto, na vida das pessoas a riqueza da sabedoria sedimentada por anos de meditação e de experiência enriquecedora. Vive com prazer a tua Primavera e prepara um Verão quente a apaixonado, armazenando energia para as estações seguintes.
Beijos
João

Anónimo disse...

É mau quando se cala a revolta e a ternura. Não achas? Um beijo.

Menina Marota disse...

Está muito bonito o novo Template do Blogue, Paula!
Adorei!A suavidade da cor, a imagem... TUDO! PARABÉNS!

Não deixas que a revolta cale a Ternura das tuas mãos!

Um belo poema, mas que traduz tristeza...

Beijinhos e grata por publicitares a apresentação do meu livro, na próxima 6ª. feira.

Um abraço ;)

peciscas disse...

Enquanto se mantiver esta força e este vigor na tua poesia, os gritos não emudecem.

xistosa, josé torres disse...

Mas que desprendimento do mundo.
Vamos voltar a semear essas frutas e esperar pelas árvores ...

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

revolta e ternura de mãos dadas!?

pois é..por vezes é mesmo assim.

beij

Cláudia Ferreira disse...

Olá amiga!
Que poemas lindos, que escreves...
Olha, acabei por não colocar o poema pois tive receio que não autorizasses ou que não gostasses, mas fica para a próxima então!
Beijinhos, Cláudia Ferreira