segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Vieste

Vieste desestabilizar
o muito instável soletrar,
que de amor não percebe
na instabilidade,
talvez estável
desse sorriso.

Desestabilizado
o processo instável,
que de estável
tem a voz rouca
e o olhar maduro
da instabilidade.

Vieste.

7 comentários:

António Sabão disse...

Muito bom! :)

wind disse...

Excelente jogo de palavras e muito biográfico:)
Beijos

peciscas disse...

Às vezes, quem chega, traz consigo alguma instabilidade .
Mas pode ser aquela instabilidade que mexe com a nossa vida num bom sentido.

Teresa David disse...

Não acho nada mau este poema e gostei da ambiguidade da palavra vieste, que pode ter um sentido duplo que altera completamente o sentido do poema.
Bjs
TD

A. João Soares disse...

Que lindo jogo instável com intermitências estabilidade. Mesmo os carros com muito boa suspensão não conseguem resolver a opção que neste lindo poema é deixada em aberto. Mesmo no analógico embora a progressão pareça estável, há rajadas que tudo fazem mexer. Mas no sistema binário da informática tudo é instável, de um extremo a outro, um ou zero, tudo ou nada, preto ou branco, eu ou tu.
E fica a incógnita do poema, o que nos reservará o mundo e as tecnologias, na frieza da instabilidade binária?
Nem imaginas como estou grato por estes estímulos para meditar em temas que nem sempre surgem no espírito da estabilidade modorrenta da vida!
Beijos

A. João Soares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
poetaeusou . . . disse...

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vieste,
soletraste . . .
,
bji
,
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