quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Vazio

Não me apetece escrever.

Pensei que poderia apagar
uma maré com a chegada
de outra voz ou de outro mar,
mas não é possível escrever
no vazio deixado sobre a água.

Não é possível escrever
como se a vida fosse outra
e a maré se renovasse.

Não me apetece escrever
em branco...

8 comentários:

Isabel Filipe disse...

não te aptece escrever ...


mas o que escreveste foi delicioso ...


beijinhos e tem um bom dia

poetaeusou . . . disse...

*
no vazio deixado sobre a água.
,
quantos deixei,
,
bji
,
*

wind disse...

Embora triste, está muito bom:)
Beijos

A. João Soares disse...

Paradas que sejam as ondas e ficando a monotonia que exaure as nossas forças anímicas, há que recriar o movimento a dinâmica renovadora e, para isso, nada melhor do que arremessar uma pedra para o charco.
E ela se encarrega de escrever em relevo círculos de maravilha.
Beijos

Graça Pires disse...

Na página em branco consente que a voz se sobressalte.
Um beijo

david santos disse...

Olá.
Não. Folhas de papel em branco, nunca.
Parabéns

Amaral disse...

Temos dias assim: dias que parecem curtos demais para neles caber uma simples frase!
O vazio é algo terrível quando arrasta mal-estar.
Mas quando apenas nos distancia do ruído da vida, ele acaba por nos deixar uma onda de tranquilidade...

Anónimo disse...

Olha querida Paula, não te apetece escrever...e saíu este poema. O que seria se te apetecesse. Um beijo e desculpa a ausência mas tenho andado algo arredio, por motivos profissionais. Voltei, para azar vosso.