Parte da infância fica nas romãs saboreadas com açúcar na quinta dos meus bisavós, parte dela destruída parte dela ainda viva por isso este espaço tem este título.
Levas-me até ao limite inseguro e anárquico de uma paciência que não tenho, de uma calma que não existe, aos tombos pelas lágrimas amargas que do mar não têm sabor, ao desequilíbrio da paz que não encontro...
Invado o teu mundo em arrebatada promessa de o possuir e tu invades a minha vida numa batalha de afirmações que os gestos desmentem ao longo do percurso.
Vejo-te chegar no passo melancólico de um poema, das mãos os desenhos que fazes na solidão do teu atelier e do olhar as cores com que pintas as imagens e o sonho fantástico que te preenche os dias longe de mim.
Vejo-te chegar e ainda é doce o teu sorriso de menino.
A sensação de arrepio na pele é causada pela passagem inesperada de uma ideia urgente desesperada com o pudor eloquente que ruboriza ainda a face adolescente e se esconde atrás da magnólia envelhecida.
Ainda consigo pensar em mil coisas bonitas frases desgarradas sons da natureza ou o cheiro fresco da maresia (enquanto penso) descubro de uma maneira diferente a esperança das manhãs ou a realidade crua de estar viva.
É noite já. O Inverno chegou e está tão frio. Traz no rosto um clarão surpreso e nas mãos a promessa de Primavera, comparo-te ao Inverno. Um Inverno tão incompreensível, e tão temível como tu, quando, logo de manhã, não sorris, não falas e só olhas para mim tão frio, como o Inverno!
Já os gritos emudecem de espanto feitos e as frutas caiem das árvores amadurecidas de vento e pelas minhas mãos envelhecidas calam-se a revolta e a ternura.
O orvalho cobre as flores da manhã, gotículas frescas e o alvorecer da rosa de porcelana, quando o júbilo se inventa numa única palavra dita e o aroma nos liberta.
Surpreendes-me sempre e é muito bom ser surpreendida pela voz dos afagos, pela magia do sorriso, pelo corpo quente que de surpresa em surpresa se desprende etéreo, num meio termo de saudade.
Gosto que me surpreendas assim ao ritmo das estações do ano.
Mil emoções espalham-se pelas pétalas que arranco desenfreadamente, feita louca tontura e desatino, deixa de fazer sentido qualquer emoção, debaixo de fogo.
No lado de lá que não visitei espera-me a folha de papel em branco onde penso poder escrever mil ideias e soletrá-las, talvez declamá-las ao som da música que escolherei, sob as árvores que me acolherão.
E brevemente o aplauso se fará ouvir e quando ele ecoar o tempo se fará irrisório.
Perfeito estado insolúvel, alquimia e mar aberto ao desejo, eloquente mímica de afinação constante, ou a maneira ainda suave de dizer todos os dias que te amo.
uma surpresa da autoria do meu amigo Pedro Arunca. Obrigada!
Petição
Outro prémio
Oferecido pela TULIPA
Prémio
Oferecido pela TULIPA
Solidários com Flavia
Oferecidas pela Ray
Recebido da Isabel Filipe
Obrigada, Isabel!
A rosa ferrugenta
Oferecida pelo Peciscas
O meu 1º livro de Poesia
Clique para o adquirir
Recebido do EFENETO, com todo o carinho
Um prémio
Oferecido pelo Paulo Silva
Mais um prémio
Oferecido pela Isabel Filipe
Anti-Prémio da Humanidade - A sesta
Oferecido pelo Victor Nogueira. A ser visto no http://mundophonographo.blogspot.com
É um blog muito bom sim senhora!
Oferecido pela Isabel Filipe
LUMIFE distinguiu este blog
Sensibilizada pelo prémio
Solidariedade
Desafio
Fui desafiada pela Isabel do http://wind9.blogspot.com para 10 factos não anteriormente mencionados neste blog. 1- Detesto ir ao supermercado. 2- Detesto dinheiro. 3- Detesto gente estúpida. 4- Tento ser coerente. 5- Tento escutar outras opiniões. 6- Tento fazer bem o meu trabalho. 7- Gosto de perceber as razões dos outros. 8- Gosto de ter olfacto. 9- Gosto de ver o mar, de terra. 10-Visito diariamente a minha desafiadora.
Não tendo 5 blogs a desafiar, desafio todos os que me visitam assiduamente.
A minha caricatura
Desenhada pelo António F.Santos
Prémio Blog Visitante
Pelo Art of Love do http://atordoadas.blogspot.com foi-me atribuído o prémio Blog Visitante, pelo que te agradeço com todo o carinho, Paulo.