Hoje visto o vestido das ocasiões solenes.
De linho branco sem mangas, com um cinto entrançado a branco e preto.
Vou buscar uma pá à arrecadação.
Afasto-me no campo e cavo um buraco muito fundo.
Atiro lá para dentro todas as saudades, um sem fim de beijos e abraços e muitas flores já secas, sem nome.
Cuidadosamente tapo o buraco.
Suspiro de alívio e volto a casa para o brinde.
-Finalmente, enterrei-te!
quarta-feira, 11 de junho de 2008
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10 comentários:
Parece ser, de facto uma ocasião solene e importante.
Às vezes é mesmo preciso fazer tudo isso:libertarmo-nos de velhos fardos e sumi-los da vista.
Palavras que espero sejam de esperança de um renovar de Vida, da alegria, do Amor...
Adorei a forma como descreveste o vestido... lndo!
Fiquei muito sensibilizada por partilhares aqui o meu convite para o lançamento do " Um desnudar de alma".
Beijinhos e grata pela partilha ;)
Boa, gostei:)))
Beijos
Sem duvida,,, há q ter força p enterrar memorias q nos atormentam,,, mesmo q sejam saudosas e fiquem p sempre imortalizadas nas nossas memórias,,, mas a vida continua, temos de seguir em frente!!! Beijocas,,, HCL
Para grandes males, grandes remédios...
Não é, Paulinha!
Beijinhos
*
háááá valenteeeeeeeeeeeee ! ! !
,
jinos
,
*
Poema bonito de libertação e de regeneração.
Agora estás livre.
O teu vestido novo, seja qual for a côr que tenha, merece uma festa grande. De amor.
Eduardo Aleixo
Mulher decidida vale por duas...
Gostei do teu texto/poema pela determinação que soubeste colocar nas palavras.
Beijinhos.
Hossana,
O presente mata o passado. É natural. O passado se era triste não traz prazer à memória. Se era alegre torna mais difícil suportar a realidade do presente. Então «morra o pasado, pum».
É preciso viver o presente a 100%, tirando todo o benefício das circunstâncias positivas.
Que seja feliz, muito feliz, sem quedas de qualquer natureza!!!
Beijos
João
Gosto!
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