Que silêncio me atravessa
e perpetua o momento
dilerante da fuga?
Silêncio avassalador,
impregnado de mar,
onde a música se escreve
numa pauta rasgada.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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O pequeno bago vermelho da romã que me leva aonde já fui ou o ténue fio da memória que na lonjura nos une infinitamente
8 comentários:
Bem construído e triste.
Beijos
não sei se o mar está dentro do poema, ou dentro de si, querida paula. um beijo grande.
é um poema nostalgico, nem por isso menos bom.
gostei!
Poema de mar. Bom, o mar também é triste.Se bem que aqui, alguém lhe pegou a tristeza. Mas é talvez mais nostalgia. Ou saudade daquilo que não se tem e se merece. E se há-de ter.
Eduardo Aleixo
Nunca devemos equiparar o silêncio à tristeza. Porquê tristeza? O silêncio é a concentração que gera a partida para uma grande obra, a gestação, a criação do génio.
E o poema enfatiza o silêncio avassalador, cheio de mar que murmura a inspiração que se movimenta languidamente, ao som de uma música que bem pode ser o orgasmo da gestação de uma ideia, uma nova poesia delirante de iluminação.
Nem quero falar do iluminismo, para não estar a fazer publicidade a dois lindos posts em Do Miradouro. Lá me distraí!!!
Beijos
João
Misterioso...
Que o silêncio não silencie!
Que o silêncio escreva música alegre e doce!
Que o teu mar seja uma pauta rica de eterna juventude!
Muito lindo, Paula!
Beijinhos,
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