Desenho com um lápis
acabado de afiar,
os traços que contornam
o teu rosto
onde a barba se destaca,
mas não sei desenhar
o tom da tua voz.
Talvez o pinte de azul
maresia
e o acaricie
num longo gesto,
pronunciado
pelo bico do meu lápis,
junto à nascente
do dia
com a sofreguidão
da maré.
No tempo de querer...
domingo, 1 de junho de 2008
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6 comentários:
Lindo!
Beijos
Que lindo..e toda a simplicidade num lápis acabadinho de afiar, ah como a escrita varia de mão para mão, e como se consegue tirar dali palavras tão belas!...
Um abraço da laura do resteas...
Tamb�m gostei muito de te rever, Paula!
E andei agora por aqui a ver as tuas mais recentes palavras....lindas!
Beijinho e bom fim de semana!
Poema lindo, Paula, com sabor a maresia.
A cor azul fica-lhe bem.
Imaginei-te a escrevê-lo, sentada na beira-mar, rodeada de algas e de conchas.
Um quadro bonito.
Dentro dele, tu, o mar e o teu poema.
O quadro, no bico de uma gaivota, voando.
Um bom dia para ti.
Eduardo Aleixo
O mar, cor azul, o lápis e a criatividade do artista, neste caso da artista, poeta que desenha imagens maravilhosas com as cores das palavras que domina na perfeição.
Campo imenso para a investigação do psicanalista até descobrir uma alma cheia de felicidade e fantasia.
Beijos
João
Gostei
Não tenho um vocabulário cheio de palavras, mas o gostei ainda lá está.
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