segunda-feira, 26 de maio de 2008

Rio

Ventre fecundo da palavra
pausa ritmo ou vasto poema
loucura do anoitecer
verbos gritantes,
cume do monte
pela encosta vale profundo
e o rio sempre correndo
como eu e tu num ermo
em ti por mim amor.

8 comentários:

A. João Soares disse...

Cara Paula,
Com três letrinhas apenas se escreve a palavra que mais merece ser meditada, rio. Tema muito bem aproveitado.
O rio talvez seja o melhor exemplo de inteligência que a Natureza nos dá. Não vai «sempre correndo», mas corre sempre que pode, sempre que as circunstâncias lho permitem, e quando estas não lhe são propícias, faz uma «pausa» na «loucura do anoitecer» a fim de ganhar fôlego, força para vencer o obstáculo ou torneá-lo, porque nunca esquece a sua missão, o seu objectivo que é chegar à foz. Não faz recuos, não hesita, o seu caminho é sempre o mais adequado, rota perfeita.
Beijos
João

Anónimo disse...

a essência de ser rio entre as margens que são os corpos :) muito bonito, paula. um beijinho *

Isabel Filipe disse...

é uma maravilha como com meia dúzia de palavras dizes tanto e de uma forma tão bela ...

beijinhos e boa semana

wind disse...

Lindo!:)
beijos

Delfim Peixoto disse...

è... como sempre as palavras fazem sonhos e em ti a Arte se faz presente

Graça Pires disse...

Escrevemos rio as duas...
Um beijo.

Unknown disse...

É um rio de águas puras, cantantes, vibrantes de beleza.
À beira de água... fiquei contente, como sempre, a ouvir a música liquida do poema.

Eduardo Aleixo
( À beira de água )

Ácido Cloridrix HCL disse...

Sempre inspiradissima,,, parabens,,, HCL