sexta-feira, 23 de maio de 2008

Quando a minha noite for a tua


Recoloco o poema que precisamente há dois anos escrevi no meu blog de então, que recebeu o teu último comentário e a última música escolhida por ti, para o acompanhar.
Enquanto eu tiver memória estás sempre presente aqui.
Beijo-te, Padrinho.

Que o breve fim
seja o fim breve
de todas as angústias
e medos
uma injecção letal
que me adormeça
enquanto soletro
o que guardo em mim
sorrisos de criança
que numa roda a cantar
me levam à fronteira
do fim breve
breve fim
infinito
nos teus braços
atinjo
as angústias e todos os medos
sobrevivo
as palavras moribundas
gastas usadas
sem nenhum valor.


Foto de Gustavo Lebreiro