segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Morrendo


Amanso o teu olhar
na calma que o teu sorriso
me transmite
alastro no meu desejo
que confesso sempre que te oiço
a qualquer hora do dia ou da noite
cúmplice de mim
sem conseguir esquecer
a distância que nos afasta
um pormenor que lembro
(mesmo sem querer)
porque a vida nos mata
a cada segundo
a cada silêncio
instalado no meu peito
nos ciprestes que nos ladeiam
deste lado estúpido.


Foto: Viajantis

13 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
cumplice de mim . . .
,
belo poema,
,
jino,
,
*

Graça Pires disse...

A cumplicidade na ausência. Bom poema. Um beijo Paula.

wind disse...

Lindo!Beijos

Odele Souza disse...

Bonito o teu poema Paula.

Beijos e boa semana.

peciscas disse...

Se a vida, às vezes nos mata num segundo, logo no segundo seguinte nos faz renascer.

A. João Soares disse...

A morte, a passagem para outras paragens, é uma realidade inevitável. Ficam saudades. Ficam recordações. Mas continuamos enquanto a hora não chega e preparamos da melhor forma o resto da vida, com o máximo de prazer.
Beijos
João

vieira calado disse...

É bem verdade, amiga!

"a vida nos mata
a cada segundo"

e

particularmente


"a cada silêncio"

Bjs

Anónimo disse...

...e que ausência!

Isabel Filipe disse...

mais um belo poema ...


bjs

Amaral disse...

Casa segundo que passa aproxima-nos mais do outro lado, não sei se mais ou menos estúpido... vamos ter de avaliar depois...
Quando te leio, busco coerência, para além de outras coisas...
Por vezes não a sei encontrar no seu todo... apenas nos pormenores...

Unknown disse...

A tristeza em poesia entristece-me.
Que vale o poema ser belo se é triste?
Um beijo.
Eduardo

jorge esteves disse...

A mansidão, tarde ou cedo, se apossa das palavras, também. E o sonho há-de continuar. Até que o despertar nos mate.
(gostei destas palavras sentidas)

abraços!

xistosa, josé torres disse...

Morrendo ou reviver?

Ambos se acalmam, felizmente que estão do mesmo lado dos tenebrosos, (posso chamar-lhes assim?) ciprestes.