sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Poema de desencanto
Quero lá saber
se as palavras
se digladiam,
se se matam,
ou se transformam,
eu quero lá saber
o que lhes acontece.
Quero que as palavras
façam o que bem
entenderem,
seja lá o que seja,
as palavras
que se metam
em confusões
ou se traiam,
eu não quero saber.
Seja lá o que elas façam,
eu nunca as poderei cantar.
E muito menos
as saberei ver.
Foto: Viajantis
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11 comentários:
Paula, não desalente. Cante as palavras.
É um poema de desencanto.
Porque aprendi que as palavras são instrumento da criação, vejo nelas uma força que pode e ajuda a construir a realidade que nos rodeia.
E a palavra cantada é um hino que sempre engrandece.
E tu já a cantaste inúmeras vezes!...
Depressiva.
Beijos
...porque as palavras têm vida própria.
Um sorriso e um beijo para o fim de semana
Sempre me lembro desta frase que li há muitos anos:"as palavras são pistolas carregadas".
Eu prefiro que as palavras se amem ou se odeiem. Que convivam pacificamente ou que se degladiem. Mas que nunca sejam indiferentes.
Gostei do teu poema, de contrário nem me teria suscitado o que acima disse.
Beijinhos.
Não!
Tu já provaste e de que maneira que as podes cantar e também que as sabes ver muito bem!
Um beijo
Jorge
Ás vezes nem sabemos o que dizer com elas...
Seja como seja...
Gostei muito
Passando por aqui, deixo-te um abraço amigo. E bons desejos para a semana que se inicia.
Tens tua vida em tuas mãos...
És o arquiteta/o de teu próprio destino,
Faça de teu caminho algo realmente divino!
(Karla Bardanza)
Bjs
mas não podemos passar despercebidos a certas palavras
Muito bom final.
Mas essa indiferença ao que acontece ás palavras veste-se de uma certa hipérbole, já que gosta de jogar com elas (e o faz tão bem)... =)
Stay Well
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