quinta-feira, 16 de abril de 2009
Livros (!)
Possivelmente,
alonguei-me um pouco na ideia descabida
de trazer para mim
os livros roubados daquela casa.
A ideia parece genial,
fundamental,
mas quando me alongo nela
e a viro ao contrário
já não me apetece
roubar os livros.
Que só têm capa ilustrada
e lá dentro
estão vazios e cinzentos.
E são invisíveis
as palavras.
Era uma ideia comportamental
e sóbria
mas ao alongá-la demais
só semeei ruínas.
Foto: Maria Clarinda.
Obrigada Maria, pelo teu toque magistral!.
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29 comentários:
Alguns livros, tal como algumas pessoas, só têm mesmo beleza na capa...
De resto estão vazias, cinzentas, tristes...
Precisamos da capa, mas também precisamos do conteúdo...
Beijinhos
São
que coisa tão boa de ler...
que ideia genial.
fogo, gostei mesmo!
um beijo e uma romã!
Paula,está lindo seu poema!!!
Um grande abraço.
Angela
Um poema realmente criativo!
Um abraço
eheheheh o que dá andar nas manhas pela tarde fora... perdão, no Manhas!!
Manhas de Chocolate a não perder! Num jardim perto de algumas de nós.
Uma ideia que nos parece brilhante pode vir a revelar-se uma fraude...
Livros com capas bonitas, apenas, mas vazios de palavras; pessoas de rosto risonho, mas sorriso falso - só nos causam desilusões.
É preciso separar o trigo do joio!
Bonito e muto verdadeiro, o teu poema.
Beijinhos
Mariazita
Lindo, Paula!!!!!!
Os livros por vezes são assim...mas outros temos que os guardar"no cemitério dos livros esquecidos", onde um dia levaremos alguem pela mão e pediremos segredo, e esse alguem escolherá um...
que o levará...tá tudo lá no sombras do vento do Záfon...
Este teu poema levou-me até lá!!!
Sim, o toque da Maria foi optimo, e,o Manhas...bem isso é outra história....
Parabéns , mais uma vez, Paulinha!!!!
O autor do poema constante do meu post “BEIJOS”, Humberto-Poeta, publicou nos comentários um segundo agradecimento aos comentadores.
Como no mesmo é referido o teu nome, se quiseres vai ler o agradecimento do Poeta.
Um grande beijinho
Mariazita
PS - EU TAMBÉM AGRADEÇO A TUA PRESENÇA.
Eis um poema diferente que acaba por se manifestar ao teu estilo característico.
As duas partes do poema unem-se de repente... e surge o "toque" que nos leva à sua autora!...
A mim parece-me uma metáfora e gostei. Posso estar no entanto enganada:)
Beijos
será que não há a hipotese de libertar a criança interior e colori-los?
Alguns livros querida Paula, fazem lembrar algumas pessoas...A aparência é bonita, mas por dentro...
Sinceramente amei...
Bji amigo e obrigada por seres como és.
Simbiose mais uma vez perfeita entre foto e email!!
um beijo grande
p.s. ainda n tive tempo, mas responderei...muito em breve...;-)
longe disso, querida paula. semear ruínas é escrever. ler é construir :) criar :) e roubar um livro não pode ser considerado crime... beijinho grande.
Olá Amiga; realmente, pelo menos de vez em quando, dá vontade de roubar alguns livros...
desses que se vêem, se desejam, mas são impossíveis de possuir...
então, vemo-nos na solidão com outros livros e escrevemos, sempre e cada vez mais, alegre ou doridamente; uma coisa não creio, que semeemos ruínas, pois no meio de tudo isto, há sempre alguma partilha!
Beijos
Maria Mamede
Pois esses livros vazios, essas pessoas ocas e cinzentas, são para se deixarem na estante. Até que o pó os cubra.
Amiga Paula,
Lindo, criativo e original!
Capas bonitas nem sempre interessam, embora a sua beleza regale a vista, o conteúdo vazio transforma-os em desilusão!
Beijinhos,
Ana Martins
Há-os de folhas vazias, ocas e outros de palavras loucas, aqueles porque anseio e já não leio.
Querida Paula
Obrigada pelo teu comentário na Anita.
A "coisa" agora vai aquecer um pouco...não sei se toda a gente gostará do rumo dos acontecimentos...
Acho que vou lançar um "Alerta".
Beijinhos
Mariazita
Paula; é verdade que há livros que folheamos e..nada encontramos, mesmo que tenha páginas e páginas de palavras... E há livros que aparecem num qualquer lugar, podems er velhinhos ou imtemporais, mas tão cheios de prosa ou poesia que nos fazem dançar com a alma numa suave sinfonia...
Um beijinho e já sei que a nina verdinha esteve convosco..ó que imbejosa fiquei, fiquei mesmo berde de imbeja e prontos...laura.
Gosto muito deste teu poema "descarnado", transparente na sua metáfora perfeita...
Aquele toque a mais que, por vezes, estraga tudo. Gostei.
Um beijo.
Como já falamos de livros... quero dizer-te que a foto do post anterior é fabulosa!
Obrigada pela visita ao Lírios.
Beijinhos
Mariazita
LÍRIOS DO MACUÁ
Mais um bonito trabalho teu e de Maria Clarinda. texto e foto se completam.
E não pude deixar de rir do comentário do Peciscas. rsrsrs.
beijos.
Aproveitei para andar a espreitar de novo (eu que ando tão afastada dos blogues) e este tocou-me particularmente.
Penso que a wind tem razão... serão memórias? Memórias sóbrias a que damos capas coloridas e um dia descobrimos que colocámos demasiada cor?
Mas sobretudo cada um faz a sua leitura do que nós escrevemos.
Ao princípio eu era como uma criança que ainda não falava bem e queria que todos me entendessem... até que um dia compreendi que é mesmo assim.
Belo poema,
beijos
Post lindo com uma imagem que nos confunde, mas que nos interioriza, que nos envolve.
Os livros... e ha tanto para dizer... Que possamos chegar ao final da vida com um bom "livro" escrito.
Beijinho grande
CA
A imagem originalissima, o texto prima sempre pela qualidade.
..quem tudo quer...invariavelmente, tudo acaba por perder!
:-)
Paula,
Eu não acredito em livros vazios de palavras, porque com melhor ou pior conteudo, eles tentam sempre passar-nos uma mensagem. Que na verdade nem sempre conseguem, mas isso é outra história.
Beijinhos.
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