sábado, 23 de maio de 2009
Breve fim
Era 23 de Maio de 2006 e o meu poema este.
No dia em que ao final da manhã a Vida te pregou a última partida.
Disseste-me que nunca deixasse de escrever e eu tenho-o feito, com a minha alma.
Por ti continuarei, sempre.
Para ti um beijo, nesse lugar onde te encontras.
Que o breve fim
seja o fim breve
de todas as angústias
e medos
uma injecção letal
que me adormeça
enquanto soletro
o que guardo em mim
sorrisos de criança
que numa roda a cantar
me levam à fronteira
do fim breve
breve fim
infinito
nos teus braços
atinjo
as angústias e todos os medos
sobrevivo
às palavras moribundas
gastas usadas
sem nenhum valor.
Foto: Viajantis
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35 comentários:
Muito triste, mas belo.
Beijos
Olá, bom dia!
É com muito gosto que informo
que coloquei o endereço do seu blog,
(onde colocou um poema meu)
em nova postagem, no meu blog.
Muito obrigado.
Beijinhosss
:(
um beijo enorme!
Beijinho! :(
Olá Paula
Adorei o poema, aliás como a todos.
Achei-o triste, mas belo.
Bjs.
Lisa
Palavras sábias e belas com alguma tristeza à mistura.
Eu sabia que não nos privavas das tuas poesias , eu sabia.
grande beijinho amiga
estamos sempre contigo
Ana Paula
Mesmo com palavras tristes, voltaste. Não sabes a alegria que me dás neste teu retorno.
Beijos grandes.
Belo...sofrido....triste,
mas bonito poema.
Beijo
Querida,há promessas,há "palavras"
ditas em determinados momentos,que nos vão seguir na nossa Caminhada!
Penso que,muitas vezes,é isso q.nos serve de bordão, para ter coragem.
Beijo.
isa.
Querida Amiga Paula,
Palavras deveras tristes mas és tu que sabes o sentido delas.
Ainda bem que te lembraste das palavras do F.
Gostei de ler que o Fim passou à Pausa Musical !
Beijinhos
Verdinha
Profunda e bela, a sombra da saudade em nós. Abraço...
________________________________
...bem tristes os seus versos, Paula...
Na impermanência da vida, estamos sempre partindo e voltando...
Beijos de luz e um domingo feliz!!!
Zélia
_________________________________
Paula, este poema está simplesmente...sem palavras!
Uma homenagem linda, aquele Alguém que acabou o seu caminho por este lugar chamado terra, e algures no universo espera... observa...protege...e te pede que continues a fazê-lo...ESCREVER!!!
Jinhos muitos
QUERIDA PAULA, SEM MUITAS PALAVRAS ADOREI ESTE POEMA... ESCRITO DE FORMA SUBLIME AMIGA... BOM DOMINGO!!!
BEIJOS E ABRAÇOS DESTA TUA AMIGA,
FERNANDINHA
Envolto numa névoa de melancolia - tal como o fundo da linda foto - é um poema cheio de beleza.
Bom domingo.
Um beijo
Mariazita
;-»
Já te disse tudo, não foi? Às vezes, qualquer coisa faz toda a diferença...
Beijos
é sempre bom enviar uma palavra a quem já nos deixou. creio que os poemas são um espelho em que os já partiram podem ver-nos... gostei de ler, paula. votos de um bom domingo e um beijinho grande.
Tapete de rosas acabei de pôr. Para que passes. Te sentes. E leias.E fiques. São rosas frescas. De Maio. Beijo
A tristeza tem sempre este sabor.
Às vezes, a força da alma ajuda-nos a prosseguir.
Também a romã é difícil de abrir e facílima de saborear.
Bj PAOLA
beijo. que as palavras por vezes são excessivas...
Minha querida; a vida tem de tudo, raivas, dores, problemas que parecem sem solução, por vezes apetece-nos simplesmente deixar de respirar. tão simples assim, mas...o caminho é sempre para a frente, para o alto, e, devagrinho atingiremos a plenitude...Porque nunca estamos sós, eles e Eles olham por nós, da melhor forma que sabem, com o amor que nos têm ainda...
Um beijinho cheio de carinho, da, laura..
Até o esbatido das cores da foto condizem com o momento.
Mas a vida é uma travessia pequena.
Ainda bem que sobrevive ás palavras moribundas e que continua com o pedido ...
Uma boa semana.
Ás vezes há tanta beleza na tristeza, que a vemos de outro modo. É um belíssimo poema.
beijo e boa semana
Pungentes feridas que nunca cicatrizam, que ficam abertas no silêncio do poema.
"sobrevivo
às palavras moribundas
gastas usadas
sem nenhum valor"
Muito belo e triste,Paula.
Um beijo.
"...o que guardo em mim
sorrisos de criança
que numa roda a cantar
me levam à fronteira
.."
que essa fronteira seja de rosas e jasmim e de Primavera sempre renascida.
Um poema tocante, que me fez correr uma lágrima teimosa, porque eu tenho no meu coração perdas destas, mas que me fazem lutar por Viver... porque era assim que quereriam.
Um abraço carinhoso e perdoa a ausência, mas sabes que estás presente no meu coração.
Bj
Querida Paula,
Como sempre o teu poema, não foge à linha bela,sensivel e verdadeira a que nos habituas-te desde o Inicio.
O quase "nosso" inicio.
É por ele que também eu continuo a escrever, como se ainda lhe ouvisse a voz a dar-me força para o fazer "sempre".
Perdoa a minha ausência, mas houve uma altura critica na vida deste "pássaroazul" que ferido voou para bem longe,embora sem nunca esquecer todos os Amigos dessa época, e a ti especialmente.
Continua sempre a brindar-nos com o sabor das tuas romãs, com ele tanto queria.
O meu abraço carinhoso para ti, querida Paula.
Todos temos as nossas perdas.
Mas poucos as sabem expressar tão bem como tu.
Muito triste, mas bom, este teu poema.
Boa semana, beijo.
Um poema com uma marca muito intensa, em torno de uma data que vemos que sentes intensamente.
Nunca deixes de escrever.
Uma Homenagem merecida ao nosso querido Fernando, que um dia nos uniu à mesma mesa...,e em boa hora o fez.
Dia 6 de Junho?? Que se vai passar no Porto?
Beijinhos da Lina
Querida Amiga Paula,
Fico muito feliz por vê-la de volta.
Ao contrário de muitos dos comentários, eu não acho o seu poema triste. Seja a quem for que o dedica e que partiu, é bonito e doce aquilo que diz. Tenho o previlégio de ter aprendido a olhar a morte como uma continuação ou um novo começo mas nunca como um fim e por isso não é triste.
Um grande beijinho,
Maria Emília
Querida Paula,
me tocou bem lá no fundo o seu poema. Triste mas com a força de promessa cumprida!
A D O R E I !!!!!!
Beijinhos,
Ana Martins
...lembro-me bem!
beijinhos de incentiv á bela escrita!
as perdas sao sempre dolorosas.
mas, ainda bem que continuas a escrever como te foi pedido.
um beij
muda o dia
muda o ano
não se altera o que lembramos
um beijo
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