sexta-feira, 21 de março de 2008

Noite

A noite levou as palavras
como se o vento as quisesse ouvir
talvez ler nas entrelinhas
ou talvez mantê-las vivas
ou talvez guardando-as além
e eu deixei que a noite
as levasse longe tão longe
enquanto eu vazia as escrevia
para que o vento as lesse.

7 comentários:

Amaral disse...

Há palavras que o vento leva e só depois, serenamente, ousamos pensar que, se as levou, terá sido para as ouvir...

wind disse...

Bom poema.
Beijos

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá minha querida amiga... Votos de uma Santa Páscoa... Beijinhos de carinho...
Fernandinha

Um Momento disse...

Ouvi eu estas palavras levadas até mim...
Trago-te um sorriso e o desejo de uma Santa e Feliz Páscoa com tudo de Muito Bom

Beijo imenso Paula!

(*)

jorge esteves disse...

Sortilégios da noite!...

Boa Páscoa!

abraços!

Anónimo disse...

... talvez o vento volte a trazer as palavras...
talvez

Beijinhos e tem uma Doce Pascoa

A. João Soares disse...

A misteriosa noite com sombras e perfis estranhos tanto leva as palavras como a traz, para de manhã moldarem a nossa redacção, com mais substância, mais incisão. Se o vento ou a noite levam as palavras e ficamos sem elas dois casos podem ocorrer ou elas não voltam e portanto deixam de interessar, ou regressam mais adornadas com floreados e ideias mais estruturadas. Por isso não vale a pena ficar aflita com as palavras que voam. Elas voltarão com mais peso e substância se disso são merecedoras.

Beijos
A. João Soares