sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Impresente
Não me está a acontecer;
nada me está a acontecer.
Flutuo sem saber onde estou:
- Haveria de sabê-lo?
Pairo num intervalo
de um filme que não realizei,
uma cena que não encenei,
um diálogo que não interpretei.
Pergunto-me : - quem és?
Não obtenho resposta.
Mas eu sei que sou eu;
falta-me saber é :quem sou
e o que me acontece.
O impresente em forma de silêncio.
Foto minha.
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36 comentários:
Lindo poema.
Pairo num intervalo
de um filme que não realizei,
uma cena que não encenei,
um diálogo que não interpretei.
Acontece-nos muitas vezes.
Beijinhos
Sonhadora
Olá Paula
Belo poema
Senti-o como meu.
Senti a "incerteza" da vida.
Bjs.
Lisa
A insegurança, a dúvida, o pesadelo - sentimentos feios ditos de um modo muito belo!
Poesia é isso: saber que nada sabes quando sabes que tudo sabes...
No intervalo daquilo "que não és", encontras exactamente o que sempre foste.
Procurar na poesia é, também, uma forma de reencontro.
Pergunta de novo. Muitas vezes. Fora do palco... essa luz que te cega a vista... és Tu.
Paula,
Os silêncios são isso tudo, é verdade. E enquanto lia, fui reconstruindo espaços... afinal, vamos todos representando papéis, neste palco improvisado, sempre sem saber quando cai o pano... e a peça termina.
Tudo de bom para ti.
Rolando
O poema está bom, mas revela muita "escuridão":)
Beijos
Olá
A tua foto estava espectacular e o poema também está fiche, achei piada ao inicio quando dizes que nada te acontece, pois a mim tudo me acontece... mas conforme fui lendo vi que era um texto muito mais profundo, gostei!
Beijinho
Só o futuro...acontece!
Gostei do poema em forma de silêncio!
Beijo
a foto está muito bem conseguida!
e um poema silencioso, e nada acontece!
beijinhos
logo vou por aí.........
"Flutuo sem saber onde estou... "
Podes crer que sinto muitas vezes que flutuo entre incertas cenas deste teatro em que nos movimentamos e se chama vida...
Gostei do teu trabalho. Afinal poesia é uma forma de pormos quem nos lê a pensar.
Beijinhos com ternura
Mas que palavras espectaculares.
Sabes, eu também me sinto assim.
Tomara já que passe o Inverno para me ajudar a encontar, onde ando perdida sem saber como e até quando.
bjos
Ana Paula
Mesmo quando sabemos o que somos acontece não sabermos como sê-lo.
Gostei muito deste não estar.
Um beijo
Ana
Paula
Obrigada pelo comentário no Blog do Manu.
Bom fim de semana.
Sonhadora
Querida amiga.
Não sei se hei-de começar pela foto que é excelente ou pelo poema que é fabuloso. Mas acho que fico por aqui, porque já disse tudo. Maravilha.
Beijos
Victor Gil
Lindo demais!
beijos, ótimo fim de semana
Há momentos assim, Paula, em que duvidamos até da nossa própria existència.
Bonito poema.
Gostei muito da conjugação do poema com a fotografia.
Beijinhos
Carmo
Estás sim no intervalo da vida e da qual não conheces o epílogo.
Bj Paola
Por este belo «Impresente»,
este modesto presente
de quem está presente e sente
o que és p'ra toda a gente.
Uma grande poetisa
ou poeta (tanto faz)
doce e suave brisa
a espalhar beleza e paz.
Bjs
André Moa
Quem sou eu? - pergunta que todos nós já fizemos a nós mesmos, pelo menos uma vez na vida.
Lindo poema.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Mariazita
O Silêncio é uma das coisas que mais estão conosco...Ele nos revelam muitas coisas que a nossa alma escondi. É no silêncio que conseguimos ouvir o nosso coração..
Com muito carinho
Sandra
Sempre essa necessidade que o poeta tem de se conhecer melhor.
L.B.
OLÁ PAULA
No intuito de levar ao conhecimento de todos a minha paixão pela fotografia, bem como a intenção de continuar a expor em qualquer parte do País, venho divulgar e ao mesmo tempo, fazer o convite para a minha próxima exposição de fotografia intitulada: “Impressões de Viagem à Índia” cuja inauguração será no dia 19 de Janeiro, pelas 18h.
Num dos meus blogues está o convite.
Também já te enviei por e-mail, assim verás melhor como o flyer está lindíssimo.
Bom Domingo.
Beijinhos.
Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos
Fernando Pessoa
Te desejo um lindo domingo com muito amor e carinho
Abraços
Olá Paula!
São perguntas sem resposta
as incognitas constantes
quem, como, onde e porquê
que momentos são relevantes?
Bom Domingo. Beijos
Quantas e quantas vezes nos sentimos fora de nós sem compreendermos bem a razão de ser de tudo...
Disseste-o de uma forma linda, como sempre.
Eu penso que só num ambiente de silêncio podemos procurar melhor saber quem somos, meditar sem pressa e ouvir a voz da alma que nos obriga a escrever poesia!
Não precisamos sequer esconder-nos de nós ...
Mas é tão difícil encontrar-mo-nos !!!
Por isso entendi o teu poema, Paulinha.
Quão melhor seria se o silêncio não fosse um labirinto onde nos perdemos,quando apenas procuramos encontros que não acontecem e lembramos outros que nos fazem dor.
Esta foto que acompanha o teu silêncio, que é o meu também, é uma feliz ilustração do conteúdo do poema ...
Parabéns.
Maria Francília
não deixes que o intervalo se prolongue! poderás perder o fio da história...
gostei do poema.
beijos
Aqui do Alentejo desejo que tudo vá correndo melhor relativamente ao teu pai. Um beijo.
Paula;
O "impresente" é a fórmula" mágica de se fazer presente em todos os momentos, mesmo no futuro.
bjs,
Osvaldo
o poema é lindo mas melhor que isso é fazer me sentir.
um bjo
Querida amiga, parabéns pelo poema. É magnífico.
Boa semana, beijo.
Fiquei preso pela foto, difusa... depois fiquei encantado com o poema...flutuante, silencioso!
Belo conjunto!
Parabens!!!!
A nossa tarefa mais importante é sermos nós. A autenticidade é um grande tesouro. Deixemos brilhar a nossa luz própria e única que iluminará o Mundo à nossa volta.
Maria Emília
Quem és? Tu, a doce Paola, a nina do olhar que demabula sob o mar, e consegue atravessar a vida, sabendo quem é e para onde vai, porque a memória está presente..Um abraço da laura
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