sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Enigmas


Quantas vidas se contariam
se estas cadeiras falassem,
se as mesas articulassem
palavras,
elas falariam
de tão diferentes pessoas.

As emoções diversas
relembram soluços e risos,
as vidas que passam por aqui
misturam-se, condimentadas,
num enigmático
profanar de confidências.


Foto minha.

28 comentários:

Unknown disse...

Verdadeiros enigmas Paula!

Muito bonito!

Beijinhos,
Ana Martins

Unknown disse...

Gostei muito.
Saindo da abordagem habitual do intimismo, entra na intimidade por outras vias.
Beijo

Maria Clarinda disse...

Uma verdadeira união entre a fotografia e o poema...ambos belos!
Jinhos

Mona Lisa disse...

Olá Paula

Contariam sim!
Tanta desilusão, tanto sonho, mas tb alguma felicidade...
Vidas!
Belo poema, bela foto!

Bjs.

wind disse...

Muito real!
Beijos

Unknown disse...

Voltei aqui: é que as cadeiras falam mesmo...Bom fim de semana, Paula.

PreDatado disse...

Ai se os objectos falassem.. (e fossem intriguistas)

Sofá Amarelo disse...

Quantas vidas e quantas emoções pairam no ar das horas e do tempo que condimentam soluços e risos...

Odele Souza disse...

Não conseguir decifrar os enigmas da vida por vezes é angustiante.

Beijinhos.

Jaime A. disse...

As emoções, o "enigmático profanar de confidências"...~
Muito concreto, conceptual. Gostei!
Bjs e bom fim-de-semana.

pin gente disse...

também se pintam...

beijo

Manu disse...

Olá Paula!

Objectos falariam em confidência
sobre uma míriade de sentimentos
numa voz e num timbre de inocência
exporiam ao mundo nossos lamentos

Bom fim de semana. Beijos.

Mariazita disse...

São verdadeiros enigmas apenas porque eles não falam...
Ai se falassem!
Gostei. Muito.

Bom fim de semana

Beijinhos
Mariazita

peciscas disse...

Uma sugestiva imagem que motivou uma reflexão bem pertinente.
As cadeiras, as mesas, as paredes,guardam silenciosamente os testemunhos de vidas e vidas, cada uma mais diferente da outra. Ou mais semelhante...

Je Vois La Vie en Vert disse...

Amiga Paula,

Ah, se as cadeiras falassem...contavam risos e conversas que aconteceram numa certa esplanada junto à doçura dum chocolate.

Bonito texto, sim !

Beijinhos

Verdinha

Laura disse...

Ah, se as cadeiras falassem, começavam por taapr o nariz, primeiro...depois sim, iam à treta, mas que riso..Beijinhos da laura

~*Rebeca*~ disse...

Maravilhoso é o que você escreve, Paula. Olha, estamos fazendo uma blogagem coletiva, fique à vontade pra aceitar o convite, viu?

Beijo imenso, menina linda.

Rebeca

-

► JOTA ENE ◄ disse...

ººº
Quando vamos até à Funda...São?

Bom Domingo!!

Ѽ Beijos daqui Ѽ

gaivota disse...

estas conversas assim, "pintadas"...
da vida de atrás e da vida da frente!
profanações, talvez!
beijinhos

Kim disse...

E há confidências que sabe bem ouvir.
bj Paola

saisminerais disse...

Se minhas cadeiras falassem! Realmente um tema interessante que me fez questionar, o que diriam as minhas? -Talvez ficassem caladas com medo de me entristecer ao relembrar quem nelas ja se sentou e as confidencias que lá sentado expressou...
Quweria amiga tenho andado a revistar o meu blog a procura de comentariso e admito quie alguns so hoje vi, e ja eram de 2008. Mas esta descansada que não é por estar a amar e estou, que esqueço os amigos...
Beijinhos e parabens pela força e a tua vontade inequivoca de continuares na poesia, coisa que fazes divinalmente.
Bjs

Manuel Veiga disse...

... o que importa é o "condimento". sem dúvida.

beijo

Nilson Barcelli disse...

Ainda bem que não falam... quase de certeza que teriam um processo cadeira oculta...
Belo poema querida amiga, gostei imenso.
Beijos.

Isabel Branco disse...

Ah! Paula ...
Se as cadeiras falassem
de quem nelas se senta
e das conversas
que inadvertidamente escutam...
quem sabe, não proibissem
assento a tantos ...

O teu poema está poderoso.

Um beijinho.

Justine disse...

Olhar para as coisas banais e quotidianos e vê-las de outra maneira, logo transformà-las: isso é poesia!
Abraço

carlos disse...

Paula. Quando abordamos o diálogo da pessoa e da cadeira, temos duas prespectivas, o da cadeira para a pessoa e o da pessoa para a cadeira. Na primeira fase a cadeira ao sentir, que alguém vai para cima dela sem o seu consentimento, lança um gemido de revolta, que por vezes quebra...na segunda fase é um momento de bem estar...até que enfim posso descansar...é bom lembrar que a cadeira foi feita pelo homem...bjs. Carlos

Helena Teixeira disse...

Poema misterioso :) entrelaçado com a foto original,ela própria com o X enigmático da matemática...genial!

Jocas gordas
Lena
da Aldeia e do Clube das Mulheres Beirãs

Viajantis disse...

...se os objectos falassem....