sexta-feira, 11 de abril de 2008

Pulsando

Pulsa a vida que a pulso
percorro pulsa teu pulso
nas minhas mãos
percorrendo em nossos pulsos
a vida que pulsando
viva e latente
pulsa em mim
em ti sangue e matéria
pulsa em nós a viva
vida do regresso.

12 comentários:

wind disse...

Bom jogo de palavras.
Beijos

António disse...

Que o pulsar continue...

Beijinhos

®efeneto disse...

Sento-me nesta cadeira
No meio da sala
No meio do nada

Penso nos passos que dou contra o tempo
Os olhos que baixo por causa do vento

Vento que me toma os sonhos cálidos e os pinta de vermelho
Sangram lágrimas sem choro
Sem voz
Murmuram segredos

Desenham-se-me no rosto esses esboços do silêncio
Esses que apago e esborrato
E de novo se pintam em telas contra a minha vontade

Rasgo as folhas de papel em branco
Queimo os lápis de madeira que insinuam escravinhices

Dos meus não ditos não há-de falar
Deixem-me sentir, aqui, a dor vermelha de não saber amar
Essa condição de ignorante eterno
Para sempre um boémio nos lençóis alheios...
Frios, gélidos...
Sem sabor nem cheiro...
Ausentes na minha vontade...
Amargos

Aquecem apenas esta minha pele que arrefece

Pensar que um dia me podia aquecer no leito dessas desconhecidas sem rosto...


Que distraído sou...
Pois estava-me a esquecer de desejar
Um fim-de-semana com muita amizade dentro

Espero as melhoras do seu pai. Beijito.

A. João Soares disse...

Ou me engano muito ou este poema traduz o despertar do pai após o efeito da anestesia no regresso «viva vida». É sinal de que está ultrapassada a fase cirúrgica. Agora é de esperar uma recuperação serena, perfeita, completa, para termos novamente a nossa cotovia a deixar aqui, para prazer dos visitantes, lindas poesias a cantar louvores às belezas da primavera, a estação maravilhosa que restaura os estragos que o Inverno fez na paisagem vegetal.
Oxalá não me tenha enganado e tudo decorra da melhor maneira.
Beijos
João

Isabel Filipe disse...

gosto, como sabes dos teus trocadilhos com as palavras ...


beijinhos e bom fim de semana

peciscas disse...

E em ti pulsa sempre a poesia.

Aqui te deixo um beijo de solidariedade, esperando que tudo tenha corrido bem com o teu pai.
E a promessa que fazes, mostra bem o quanto o amas. Coragem e força!

Amaral disse...

O teu jogo de palavras contém qualquer coisa de mais profundo.
Quando se quer... conseguimos o que desejamos!
E quando se decide "deixar de fumar"... também é possível essa proeza!!!

Je Vois La Vie en Vert disse...

Olá Paula,

Não me levas a mal se deixo este aviso ? É para uma venda de caridade :
Se for de Lisboa, vá visitar ( e comprar se puder - preços simbólicos de +/- €10) a exposição de pintura da Manuela Seixas que faleceu deixando 2 filhos que precisam de ajuda. No Teatro Lanterna Mágica em Monsanto dias 12 e 13 de Abril das 15h às 20h. Contacto : 962862554

Beijinhos verdinhos

Outonodesconhecido disse...

e sem pulsar não há vida.
bom fim de semana

Sérgio Figueiredo disse...

Paula minha Amiga,

As Palavras e quem as utiliza com a sua sabedoria, são fonte de sentimentos, desejos, pensamentos e vida.
Elas expressam o que a nossa Alma nos pede.

Bonita a magia das tuas palavras.

Beijo

Mocho Falante disse...

ora viva

vim agradecer a visita e a convidar-te e ires lá ao poiso sempre que a vontade assim te ditar

és muito bem-vinda

Å®t Øf £övë disse...

Paula,
A vida pulsa, e tem que se subir nela cada vez mais a pulso.
Beijinhos.