quarta-feira, 9 de abril de 2008

Poema de amor

Percorreria na ponta dos meus dedos
os teus cabelos em desalinho,
inspirar-me-ia no teu cheiro único
que o meu corpo perpetua,
escrever-te-ia um poema de amor
em páginas e páginas de paixão,
falar-te-ia segredando palavras
que tu guardarias como relíquia.

Seríamos uma só voz sem saudade,
seríamos cânticos de alegria,
seríamos a força solidária
de um Amor.

Mas o que resta do que não foi
são as luzes feéricas do sonho,
as imagens bem delineadas de um filme,
o sabor inalterável de um beijo,
no presente doce das nossas Vidas,

Tal como este inútil poema de amor...

8 comentários:

Maria Clarinda disse...

(...)Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia
A flor, a ave
Os beijos merecidos da Verdade…



Descerrando os mistérios da lonjura
Verei eu
Nos teus olhos, só espanto!



Como sempre...mais um poema maravilhoso. Um jinho daqueles bem fortes.

wind disse...

O poema não é inútil, é bonito:)
Beijos

Pena disse...

Doce Amiga:
Não considero este poema inútil.
Um poema sentido e terno.
Brilhante mesmo, pela ternura e carinho dos gestos sentidos que maravilhosamente expressa.
Admirável numa admirável pessoa.
Como escreve tão bem. Adoro lê-la. Encanta-me.
Bj amigos de forte estima e imenso respeito

O amigo de sempre

pena

peciscas disse...

Não concordo contigo. Não é inútil.Os sentimentos nunca são inúteis. Nem ridículos como dizia a Pessoa.

A. João Soares disse...

Cara Paula,
Nada é inútil. Mesmo o amor virtual, de sonho, ideal, em que não há lugar para a saudade, porque é sempre melhor do que realidades anteriores, acaba por ter a utilidade de nos encher a alma enquanto dura enquanto não acordamos desse sonho. Depois partimos a cara ao cair na realidade. Mas o sonho voltará e voltaremos a ser felizes. A felicidade é a criação de cada momento, fomentada por uma cor, um sabor, um aroma, um som. Devemos estar abertos para a receber, alimentar, prolongar no tempo, mesmo com a certeza de que não passa de ilusão, doce ilusão.

Beijos
João

Carla disse...

Não é inútul, certamente...que a operação do teu pai tenha corrido bem e que a esta hora já tenhas deitado fora o teu maço de cigarros
beijos com muita força e esperança

José Faria disse...

As palavras nunca são inúteis quando transportam AMOR!
Felicidades!

Å®t Øf £övë disse...

Paula,
Tudo o que nos deixa a recordação de bons momentos, é porque valeu a pena ser vivido.
Beijinhos.