Estás comigo
Enquanto eu escrevo
E tu me observas.
Criticas acesamente
As rimas que não procuro,
A dureza das palavras,
A melancolia dos temas.
Sorrio-.te longamente
Levada na tua voz rouca,
Enquanto acendo um cigarro
E o café arrefece.
Ligo o aquecedor
E acendo uma vela,
Intensificando o odor
Que enche a sala,
Tentando escrever,
Pontuando o ritmo
Com uma vírgula.
Estou aqui contigo
Negando sentimentos
Que me percorrem,
Enquanto escrevo,
Respiro fundo
E fico dentro de ti
Em cada palavra,
Em cada momento.
Paula Raposo - 2006.
terça-feira, 19 de julho de 2011
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9 comentários:
As memórias não se apagam...
No ritmo
sem pontos nem vírgulas
E as pedras da ilha…
As pedras da ilha não têm idade
Não tem limite o amor quando é amor
Não tem medida a extensão da saudade
Na ilha a saudade é um navio
É vapor da madrugada com a bruma
É gaivota voando no canal
É alma despojada de coisa alguma
Doce beijo
Minha querida
fica sempre algo dentro de nós, uma recordação mais ou menos fogo...mais ou menos cinza.
deixo um beijinho
Sonhadora
"E fico dentro de ti
Em cada palavra,
Em cada momento."
Memórias que fazem o poema...
Um beijo, Paula.
um bela cascata de imagens poéticas.
beijos
Gosto muito.
Beijos
memórias que ficam...
beij
Gostei muito desta descrição de uma relação com texto em fundo - ou será o contrário?
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