quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Degraus

Galgo os degraus
a dois e dois
até à porta - ainda -
fechada.
Abre-se de rompante
e a penumbra envolve-me:
cheguei.

Não reconheço ninguém,
nenhum móvel,
nenhum cheiro.

Esta não é a minha casa.
Será?

17 comentários:

wind disse...

Muito dark:)
Beijos

Graça Pires disse...

A vida às vezes cria-nos desejos e não os concretiza...
Um beijo, Paula.

jardinsdeLaura disse...

Exactamente o que senti quando de regresso a casa pela primeira vez! Obrigado pela partilha!

Andradarte disse...

O tempo a mudou...
Beijo

AC disse...

É sempre um enorme prazer chegar a um lugar que não conhecemos e sentirmo-nos gratos por aquilo com que deparamos...
(Cheguei aqui através da Graça Pires)

Beijo :)

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

por vezes, sim, é isso que nos acontece.

gostei do poema.

deixo um beij

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida
Não são os sítios que mudam...apenas nós mudamos o nosso sentir.
Adorei o poema como sempre.
tem um selinho para as amigas pelo primeiro ano de Blog.

Beijinhos
Sonhadora

Mona Lisa disse...

Olá Paula

BELO!

É a de hoje...não a de outrora...o início de uma nova vida!

Bjs.

A. João Soares disse...

E era?
Às vezes pode haver erros na porta!

Beijos
João
Do Miradouro

Manuel Veiga disse...

os degraus prestam-se a isso mesmo - por vezes levam-nos a locais imprevisíveis!...

beijos

Mar Arável disse...

A mesma casa

tem tantas paredes

portas e janelas

que nem sempre sei por onde entra

e sai o ar

o perfume dos teus passos

inventados

manuela baptista disse...

claro que não é a sua casa!

as casas apenas nos reconhecem se entrarmos nelas devagar

qualquer instabilidade
balanço
porta fechada

deixa-as confusas, angustiadas

será?


destes degraus, gosto eu!

um beijo, Paula!

manuela

Vitor Guerra disse...

O eterno regresso aos lugares onde nunca estive... também a esses me aproximo galgando os degraus dois a dois, curioso!

Beijo

Anónimo disse...

quando fico muito tempo sem escrever, também tenho a sensação de ter fechado uma porta e não encontrar a chave... beijinho grande, paula.

Anónimo disse...

Palotamiga

Excelente! Excelentíssimo!

... e um pedido: arraja uns degrauzitos para subires à Travessa. A porta nunca está fechada e também é a tua casa...

Qjs

Nilson Barcelli disse...

Às vezes nem conhecemos o que nos é familiar.
Outras vezes enganamo-nos na porta...
Beijos, querida amiga.

Jaime A. disse...

Adorei este poema em "jactos", "galopante", com um ritmo adequadíssimo.
Bjs