segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Indolor

Quando eu tiver
As mãos doridas
De tanto escrever
Invento uma forma
Indolor
E escrevo
Na parte de dentro
Das folhas
Onde não magoa
O poema
E onde as mãos doridas
Poderão
Descansar
Sobre a luz
Da memória.

In' marcas ou memórias do vento' Editora Apenas Livros, 2009.

6 comentários:

wind disse...

Lindíssimo!
Beijos

Mar Arável disse...

Que nunca lhe doam as mãos

mfc disse...

Quem sente... sofre sempre!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

e que as mãos nunca te doam...

um beij

Manuel Veiga disse...

que nunca as mãos te doam. nem a voz. nem a vontade esmoreça...

Jaime A. disse...

As mãos incansáveis descansam, e outro poema acontece...