terça-feira, 15 de junho de 2010

Sem título

Quando o segundo se subdivide
e mesmo assim parece
um século,
a vida fica mais compacta
e não desliza;
a sensação de impotência
deixa, no ar, uma solidão
incompreensível
e um remoto descontrolo
dos sentidos.

Restam o tempo da memória
e as simples coincidências:
regressos do mar,
viagens que não ousamos
desejar,
ou a inevitável partida
de quem tanto amamos!

18 comentários:

Ângela disse...

Oi Paula!!!
Um belo momento de poesia...
Lindo.
Beijinhos
Ângela Guedes

Osvaldo disse...

Paula;

Sempre resta algo mais que o tempo de memória e mesmo assim devemos guardar a memória do tempo...

Belo como sempre, Paula.

bjs.
Osvaldo

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

nostalgico mas tem o teu estilo de Poeta.

beij

Anónimo disse...

fico muito contente por voltar aqui, paula. não sabia que tinha reaberto os comentários. espero-a bem! um beijinho grande.

Nilson Barcelli disse...

De há uns poemas para cá, sinto-te numa nova fase poética. Que, pelo que já vi, é de excelentes resultados. Tal como no presente poema.
Parabéns, querida amiga.
Beijos.

gaivota disse...

um poema assim, tristinho, cheio de magia!
e lindo, como sempre
beijinhos

tecas disse...

" resta o tempo da memória" é verdade querida Paula. Poema triste e lindo. Fico feliz por teres voltado. Um beijo.

Andradarte disse...

Apertos d'álma ,saudades imensas...
Beijo

Viajantis disse...

...os finais são sempre inevitáveis...

Graça Pires disse...

O tempo da memória a habitar todos os silêncios. Gostei muito, Paula
Um grande beijo.

Carmo disse...

Poema nostálgico mas que toca em pontos importantes: o tempo da memória confundindo-se cm a memória do tempo de algo que silenciosamente guardamos.
Beijinhos e bom fim-de-semana

wind disse...

Nostálgico:)
Beijos

Zé Al disse...

Olá Paula
Como sempre um lindo poema!
Triste mas Lindo!
Beijos
Zé Al

Je Vois La Vie en Vert disse...

Sempre havemos de ver alguém partir...
Felizmente fica connosco a memória.
Beijinhos
Verdinha

Manuel Veiga disse...

tempo ponteagudo. o da memmória.

gostei muito do poema.

beijos

PAS[Ç]SOS disse...

A impotência do tempo que parece não correr por não termos para onde. Então agarramo-nos às memórias na tentativa de regresso a algo que já se perdeu.

Jaime A. disse...

A memória e o tempo: dicotomia?
Gostei muito mesmo.
Bjs

poetaeusou . . . disse...

*
é,
memórias são atomos,
particulas de vida . . .
,
jino,
,
*