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Este pode ser o lugar
que todos os momentos
guardarão
pode ser a memória visual
de um estado de alma
e até pode ser aquele lugar
que indefine
um perpétuo movimento
de acalmia.
Mas este será o lugar
de todos os momentos
para lá da razão.Foto: Viajantis
Amo-te.
Que mais te posso dizer?
Que és presente e me sorris,
que me falas e me deixas gritar
todo o desespero.
Perfeito modo de cantar
uma longa trova.
Amo-te.
Vertical na minha longitude.Foto: José Arroteia
Já se faz tarde.
Não que a chegada da noite
tenha algo a ver
com o fazer-se tarde.
Durante o dia, quando o sol
ainda nos aquece
também se faz tarde.
Muito tarde.
Inclemente e vago
o sonho persiste
mesmo na tarde
que tarde se faz.
E tanto se faz tarde
que não tarda
a imagem vazia
proclama vitória
na tardia saudade
de uma vaga tarde.
E...já se faz tarde.Foto: Mário Galante
Este é o recanto
que todos os dias
silencia qualquer mágoa
e evidencia o lado bom
dos sonhos,
este é o lugar mágico
de saudade e vida,
a sombra magnética
que me acaricia.
Este será sempre
o nunca mais acabar
de lugares comuns
prostrados na diagonal...Foto: Maria Clarinda
Iluminados
por um vago torpor
de ansiedade
traídos pelo riso,
percorremos em pleno
etapas sucessivas
como caminhantes
da esperança
no momento certo
é a palavra exacta
o iniciar convicto
de um novo ciclo.Foto: José Arroteia
Uma carícia
um olhar
e um simples despertar
da emoção.
O gesto meigo
um beijo
e o forte desejo
de voltar.
Um dolente afago
um carinho
é o sol, o mar
e o eterno Amor
ao alcance
de um sonho.
É tão curta a distância
e tão poderoso o elo
tão pequeno o gesto
que une as palavras
e é tão justo o momento
em que me apercebo do tempo.
Imenso e incomensurável
o tempo desliza suavemente
pela brisa solitária
no mar em que me aninho
e faz de um tempo
este agora caminho
que encurta os meus dias.
Avançando
o caminho encurta
o momento esperado
e devagar como convém
aos passos lentos
a dissolução é um mistério
e uma história de sonhar
e todas as flores
irão sorrir
no perfume de uma miragem.
Despi-me de ti há muito tempo
tanto que nem sei quanto,
aventurei-me desfilando
a nudez provocante,
(sob um sol escaldante)
que ser nua tem seus quês.
Porque foi outro tempo
tanto que nem sei quanto,
despi-me de mim e de nós
tão alta ia a manhã
e nua entendo o porquê.
Agora sim.
Detenho-me nua.Foto: Clarinda Galante