segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Brisa do luar
Cai o sossego sobre a casa.
A luz ilumina tudo em redor:
é lua cheia.
Como se não fosse preciso
pedir mais nada:
paz; saudade; esperança.
O reverso da medalha.
Tanto sossego!
O silêncio chega a ecoar
através da brisa
- do luar -
da noite de lua cheia.
Sobre a casa a luz já ilumina.
Foto minha.
Este é o meu último poema de 2009.
Um Bom Ano de 2010 é o que vos desejo.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
A minha estrela
domingo, 20 de dezembro de 2009
OLÁ!
Com este olá vos saúdo.
Qualquer caminho não é fácil
e porque não o é,
o desafio nos alegra
e nos serena.
Porque a vida é surpreendente,
porque a vida não é o que queremos,
porque a vida é uma permanente derrota,
uma luta constante.
Porque a vida é uma vitória,
porque nos alegramos,
porque a vida é ela mesma
uma incógnita.
Qualquer caminho não é fácil
e porque não o é,
continuarei aqui.
Foto minha.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Des-a-romãmor
sábado, 12 de dezembro de 2009
Tardio
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Tempo
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Querer
Quero poder pensar, sonhar,
escrever, afogar-me na beleza
-pensamentos sonhados-
que escrevo.
Quero ir até à praia,
percorrer todos os caminhos
que conheço - os que não sei -,
olhar o mar, as ondas;
mexer na areia, deitar-me nela:
sossegar os meus sentidos.
Quero ser a melodia
na voz dorida do meu amor.
Adormecer contigo no suspiro
que exalamos – exaustos -
que(ainda)podemos sonhar;
não quero deixar fugir
o presente.
Foto minha.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Às vezes
Às vezes as palavras gastam-se;
torno-as diferentes
para dizer o mesmo:
sempre a mesma coisa.
Procuro-as (às vezes)
vezes sem fim;
uso, abuso, deito-as fora.
Quando as palavras se gastam
- tantas vezes-
limo-as, pinto-as;
talvez (às vezes) me canse delas.
E choro.
Muito. Sempre.
Não gosto de palavras usadas.
Às vezes: mato-as.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O poder das palavras
Tentei abrir a porta – hoje estava fechada – com as chaves que trazia; experimentei, forcei demorando muito tempo, desesperei por momentos: a porta continuava sempre trancada. Vermelha, quis ir embora, chorei, caíram as chaves no chão – agora sujo – preto.
O tempo seco: não girava a chave. Continuei a tentar corajosamente, sem medo, querendo abri-la; mas teimava em estar fechada – que teria acontecido – para me chatear; porque se fecharia, a porta?
Acalmei-me (tinha que ser), pensei no dinheiro gasto – mal gasto mesmo.
Olhei, virei-me, dei uns passos soltos. A fechadura trancada: como se nunca fosse aberta, prisioneira da melancolia, triste e feia; silenciosamente, pensei em ir embora, deixando os sonhos ali à porta – perdida na velha casa -,comecei a recordar a família, as gerações passadas, a solidão: não quero voltar ali, quero regressar. Regresso à rotina.
Trabalho feito numa aula de escrita criativa.
Foto minha.
domingo, 22 de novembro de 2009
Lados
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O assunto
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Enigmas
domingo, 8 de novembro de 2009
Primavera
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Vendaval
Dançando nos teus olhos
o bailado efémero
de romãs translúcidas:
perturbação anímica
e vontade indomável
de te regressar.
Dançando açucenas
a música estremece
no meu peito
e ressoa perene
no eco disforme
de uma manhã
de chuva
quando o vendaval
se desfaz no meu corpo,
absorto.
Um beijo, Graça, tu sabes porquê
Foto minha.
sábado, 31 de outubro de 2009
Em páginas
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Poema eco
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Espanto
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Sem som
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Noites com Poemas
Este é o convite feito pelo Jorge Castro para a sessão de Noites com Poemas de amanhã.
"Dia 15 de Outubro, quinta-feira, pelas 21h30 - Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana
Convidada: Paula Raposo
Colaboração de Ilda Oliveira, Clarinda Galante e Maria Francília Pinheiro
Tema - Marcas ou Memórias do Vento
Sabem como é... Um dia descobrimos-lhe uma leve penugem, que amanhã é já pluma. Depois, asa. Daí ao golpe da dita tudo vai da vontade, do ímpeto. Um poema a modos que assim, como diria o poeta, logo mais é um poema a modos que ah, afinal ali há coisa. Ouve-se, diz-se, partilha-se... e nasce um livro. E mais outro. E outro, ainda.
Blogs por todos os poros e também já fotografa como gente grande. Eis a autora.
Um dia, o desafio: - Não eras mulher para fazer uma Noite Com Poemas? - Com ajudas? - Claro... as Noites querem-se, também, uma eterna entreajuda.
- Só por isso, já agora lanço um novo livrinho de cordel, da Apenas, nesse dia! O Marcas ou Memórias do Vento...
- Ah, é? Então, força!
Venham daí. A Paula Raposo não há meio de estar sem escrever. Até parece um nervoso miudinho. Um vício. Uma janela aberta ao mundo, que partilhará com quem muito bem lhe aprouver aparecer.
Depois, o habitual espaço para a troca geral de galhardetes, onde muito me apraz contar convosco.
Abraços.
Jorge Castro"
Não posso deixar de o publicar aqui, pela imensa ternura...
"Dia 15 de Outubro, quinta-feira, pelas 21h30 - Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana
Convidada: Paula Raposo
Colaboração de Ilda Oliveira, Clarinda Galante e Maria Francília Pinheiro
Tema - Marcas ou Memórias do Vento
Sabem como é... Um dia descobrimos-lhe uma leve penugem, que amanhã é já pluma. Depois, asa. Daí ao golpe da dita tudo vai da vontade, do ímpeto. Um poema a modos que assim, como diria o poeta, logo mais é um poema a modos que ah, afinal ali há coisa. Ouve-se, diz-se, partilha-se... e nasce um livro. E mais outro. E outro, ainda.
Blogs por todos os poros e também já fotografa como gente grande. Eis a autora.
Um dia, o desafio: - Não eras mulher para fazer uma Noite Com Poemas? - Com ajudas? - Claro... as Noites querem-se, também, uma eterna entreajuda.
- Só por isso, já agora lanço um novo livrinho de cordel, da Apenas, nesse dia! O Marcas ou Memórias do Vento...
- Ah, é? Então, força!
Venham daí. A Paula Raposo não há meio de estar sem escrever. Até parece um nervoso miudinho. Um vício. Uma janela aberta ao mundo, que partilhará com quem muito bem lhe aprouver aparecer.
Depois, o habitual espaço para a troca geral de galhardetes, onde muito me apraz contar convosco.
Abraços.
Jorge Castro"
Não posso deixar de o publicar aqui, pela imensa ternura...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Noites com Poemas
Convidada pelo Jorge Castro para a Noites com Poemas deste mês de Outubro, aproveito a oportunidade para apresentar o meu 4º livro de poemas 'Marcas ou memórias do vento' a quem puder estar presente, na noite da próxima 5ª feira na Biblioteca Municipal de Cascais, em S.Domingos de Rana.
O intróito do livro é do Gustavo Lebreiro, um dos meus filhos.
Editado pela Apenas Livros.
É sempre um prazer poder partilhar convosco o que vou escrevendo.
Deixo-vos com um poema que não faz parte deste livro:
MAIS UMA VEZ
E mais uma vez
se foram as memórias sob o fogo
e as chamas
pelas labaredas de uma vida
murcharam todas as flores
que cresceram comigo
morreram todas as palavras
que não tive tempo de proferir
mais uma vez
caminho sózinha
sobre as nuvens dos meus sonhos.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Um lamento
O coração diz o que não sabemos colocar em palavras
porque elas ficam pequenas e vulgares
e todos dizem o mesmo
se o meu coração te ama
eu dir-te-ei as palavras mais belas
e aplacarei a tua mágoa
num simples gesto
de estar...
para que no meu silêncio
possa ser a luz
e as minhas nenhumas palavras
sejam
sempre
as do meu amor.
Foto minha.
domingo, 4 de outubro de 2009
Até mim
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Mais...
Esbatem-se na areia
as gotículas de mar
espraiam-se livres
e sempre renovadas
e assim eu regresso
do caminho azul feito mar
e me deito na espuma
sorrindo em maresia
amando eternamente.
A foto é minha.
Agendei este post para hoje, antes de partir.
Estou longe e não terei facilmente acesso a um pc...
Obrigada a todos.
sábado, 26 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Amantes
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Sabor
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Primeiro
domingo, 13 de setembro de 2009
Amar
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Não retorno
Já não é sombra
e aproxima-se do paraíso
o imaginário
e o sonho
a voz que não temos
mas teremos
e é um verbo
um sentido
e uma verdade
ou uma suposta mentira
é a sombria
saudade imaginada
e um passado
inesgotável
de verbos
por gritar!
És tu
surpreendente
gesto de não retorno.
Foto minha.
Quando escrevi este poema eu não sabia ainda da morte,
mas agora, parece que tudo se acentua.
E de silêncio será o meu luto.
Um beijo para ti, Irmão.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Como saberás?!
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Desafio cartão vermelho
Normalmente não respondo a desafios, mas desta vez, vindo de quem veio, a Castanha Pilada não posso dizer que não.
Eu daria cartão vermelho, se pudesse, a:
1- Mentira
2- Cinismo
3- Hipocrisia
4- Cobardia
5- Falsidade
6- Paternalismo
7- Intriga
8- Falsa modéstia
9- Juízo de valor
10-Disfarce (inclui as épocas do ano em que todos têm a mesma ideia, como Carnaval...)
É suposto passar a 5 blogs.
Estão todos convidados a mostrar cartões vermelhos, se faz favor.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Pedras
sábado, 29 de agosto de 2009
Mil sonhos
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
A minha história
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Serena(mente)
Fugiram todos os impulsos,
os possessivos esgares,
as melancólicas noites
e as lágrimas livres
de um ser bonito.
Desapareceram as obsessivas palavras
os gestos de agressões
irreflectidas.
Fugi de mim, ontem
trazendo a serenidade
hoje
tal como os búzios
que se reflectem
no meu olhar
numa constante
impertinência...
Foto: Maria Clarinda
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Lu(g)ar de vida
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Anjo
NÃO.
Não sou figura de arte,
alada, jovem,
mitológica...
Não sou mensageiro,
nem figura puramente
espiritual.
NÃO. Não sou anjo.
Sou essa flor
sensual e humana,
um odor, um caminho,
paz, luz, saudade,
a neblina, o silêncio,
o nunca mais
ou o sempre!
Sou SIM!
Anjo...
Foto: Maria Clarinda
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Algures
Solitária algures
varrendo a memória
e o delírio
decompõe-se a imaginação
em partículas
abertas e esfumadas
algures
a solidão marca presença
num dado momento
não adquirido
do ainda futuro...
Foto: José Arroteia
domingo, 9 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
O cabo
Cabe na palma da mão
o estreito patamar
da loucura
como se fosse
um precipitar
permanente
do sonho que o mar atinge
que o rochedo
segura em ti.
Foto: José Arroteia
domingo, 2 de agosto de 2009
Água
Se é o começo
do mundo
o mar ouviu
a história simples
da água...
nasce outra esperança
ou a memória reconhecida
de afectos
num prefácio
de imprevisíveis
aventuras.
Foto: José Arroteia
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Este lugar
Este pode ser o lugar
que todos os momentos
guardarão
pode ser a memória visual
de um estado de alma
e até pode ser aquele lugar
que indefine
um perpétuo movimento
de acalmia.
Mas este será o lugar
de todos os momentos
para lá da razão.
Foto: Viajantis
sábado, 25 de julho de 2009
Amo-te
Amo-te.
Que mais te posso dizer?
Que és presente e me sorris,
que me falas e me deixas gritar
todo o desespero.
Perfeito modo de cantar
uma longa trova.
Amo-te.
Vertical na minha longitude.
Foto: José Arroteia
quarta-feira, 22 de julho de 2009
É tarde
Já se faz tarde.
Não que a chegada da noite
tenha algo a ver
com o fazer-se tarde.
Durante o dia, quando o sol
ainda nos aquece
também se faz tarde.
Muito tarde.
Inclemente e vago
o sonho persiste
mesmo na tarde
que tarde se faz.
E tanto se faz tarde
que não tarda
a imagem vazia
proclama vitória
na tardia saudade
de uma vaga tarde.
E...já se faz tarde.
Foto: Mário Galante
domingo, 19 de julho de 2009
Lugar comum
Este é o recanto
que todos os dias
silencia qualquer mágoa
e evidencia o lado bom
dos sonhos,
este é o lugar mágico
de saudade e vida,
a sombra magnética
que me acaricia.
Este será sempre
o nunca mais acabar
de lugares comuns
prostrados na diagonal...
Foto: Maria Clarinda
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Iluminados
Iluminados
por um vago torpor
de ansiedade
traídos pelo riso,
percorremos em pleno
etapas sucessivas
como caminhantes
da esperança
no momento certo
é a palavra exacta
o iniciar convicto
de um novo ciclo.
Foto: José Arroteia
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Emoção
Uma carícia
um olhar
e um simples despertar
da emoção.
O gesto meigo
um beijo
e o forte desejo
de voltar.
Um dolente afago
um carinho
é o sol, o mar
e o eterno Amor
ao alcance
de um sonho.
um olhar
e um simples despertar
da emoção.
O gesto meigo
um beijo
e o forte desejo
de voltar.
Um dolente afago
um carinho
é o sol, o mar
e o eterno Amor
ao alcance
de um sonho.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Vens aí...
É tão curta a distância
e tão poderoso o elo
tão pequeno o gesto
que une as palavras
e é tão justo o momento
em que me apercebo do tempo.
Imenso e incomensurável
o tempo desliza suavemente
pela brisa solitária
no mar em que me aninho
e faz de um tempo
este agora caminho
que encurta os meus dias.
e tão poderoso o elo
tão pequeno o gesto
que une as palavras
e é tão justo o momento
em que me apercebo do tempo.
Imenso e incomensurável
o tempo desliza suavemente
pela brisa solitária
no mar em que me aninho
e faz de um tempo
este agora caminho
que encurta os meus dias.
domingo, 5 de julho de 2009
Vocação
Avançando
o caminho encurta
o momento esperado
e devagar como convém
aos passos lentos
a dissolução é um mistério
e uma história de sonhar
e todas as flores
irão sorrir
no perfume de uma miragem.
o caminho encurta
o momento esperado
e devagar como convém
aos passos lentos
a dissolução é um mistério
e uma história de sonhar
e todas as flores
irão sorrir
no perfume de uma miragem.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Nua
Despi-me de ti há muito tempo
tanto que nem sei quanto,
aventurei-me desfilando
a nudez provocante,
(sob um sol escaldante)
que ser nua tem seus quês.
Porque foi outro tempo
tanto que nem sei quanto,
despi-me de mim e de nós
tão alta ia a manhã
e nua entendo o porquê.
Agora sim.
Detenho-me nua.
Foto: Clarinda Galante
sábado, 27 de junho de 2009
Cânticos de zomba e zurzimento
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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