Para mim, este ano que acaba hoje, ficou marcado em Junho, pelo nascimento do meu quinto neto.
Ficou marcado, também, pela aprendizagem que fiz, no que toca a desdramatizar e relativizar o que acontece.
E...
Deixo as marcas
duma passagem
breve mas intensa
(como todas as paixões)
como viver é possível
e, as marcas
ficam eternas,
indeléveis,
neste abraço
com que percorro
a tua melancolia,
até ao final
do meu princípio...
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
Este mar
Trago comigo
as ondas do teu peito
e o mar do teu olhar,
denso e náufrago
deste amor meu.
Levo comigo,
onde quer que eu vá,
a doce lembrança
e a profunda alegria
dos beijos nossos,
que partilhamos
quando vens ao meu encontro...
Silenciosamente
as palavras são ditas
e, porque as ouvimos
somos então, felizes,
neste amor só nosso.
as ondas do teu peito
e o mar do teu olhar,
denso e náufrago
deste amor meu.
Levo comigo,
onde quer que eu vá,
a doce lembrança
e a profunda alegria
dos beijos nossos,
que partilhamos
quando vens ao meu encontro...
Silenciosamente
as palavras são ditas
e, porque as ouvimos
somos então, felizes,
neste amor só nosso.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Lua
Sabes que volto
quando a lua ainda brilha,
porque não sei andar
na noite escura
e não sei ver o que quero.
Voltarei no brilho da lua
entre uma noite e outra,
entre um espasmo
e uma flor,
voltarei, tu sabes,
ao brilho do luar.
quando a lua ainda brilha,
porque não sei andar
na noite escura
e não sei ver o que quero.
Voltarei no brilho da lua
entre uma noite e outra,
entre um espasmo
e uma flor,
voltarei, tu sabes,
ao brilho do luar.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Novo dia
É o dia novo
que de novo se renova
e, em nova claridade
de novo se encontra,
bastando-se de novo
a uma nova verdade,
renovada em pleno
no novo dia...
que de novo se renova
e, em nova claridade
de novo se encontra,
bastando-se de novo
a uma nova verdade,
renovada em pleno
no novo dia...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Praia
Caminhando ao longo
da praia deserta,
a dimensão é mais deslumbrante,
mais perfeita,
mais aconchegante
e mais inteira.
Passeando sobre a espuma
sinto a água latejante,
menos desértica,
menos imperfeita
e menos solitária.
Percorro-me como há milhares de anos,
tocando-me os sentidos,
colocando-me imagens
límpidas de amor,
olhando-me pela primeira vez,
como a perfeição
de alguma praia deserta.
Caminho passeando o percurso,
como percorrendo o passeio
do caminho,
entre o mar e areia,
a espuma e a imensidão.
da praia deserta,
a dimensão é mais deslumbrante,
mais perfeita,
mais aconchegante
e mais inteira.
Passeando sobre a espuma
sinto a água latejante,
menos desértica,
menos imperfeita
e menos solitária.
Percorro-me como há milhares de anos,
tocando-me os sentidos,
colocando-me imagens
límpidas de amor,
olhando-me pela primeira vez,
como a perfeição
de alguma praia deserta.
Caminho passeando o percurso,
como percorrendo o passeio
do caminho,
entre o mar e areia,
a espuma e a imensidão.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Este brilho
Como querendo deitar
a vida num leito
de esperança,
as palavras vão voando
no espaço encantado
de mil olhares
perplexos e vagos
e, derramam-se
na areia da minha praia,
humedecendo
clarões de madrugada
com o brilho da noite.
a vida num leito
de esperança,
as palavras vão voando
no espaço encantado
de mil olhares
perplexos e vagos
e, derramam-se
na areia da minha praia,
humedecendo
clarões de madrugada
com o brilho da noite.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Claridade
Claramente
a transparência
clarifica em clareza
a clara nudez
e, em nus claramente
claros
vozes carentes
como transparentes
claridades...
a transparência
clarifica em clareza
a clara nudez
e, em nus claramente
claros
vozes carentes
como transparentes
claridades...
sábado, 22 de dezembro de 2007
Felicidade
Muito teria a dizer
e a escrever...
calo-me e, por breves instantes
talvez,
algures, a felicidade
possa encontrar-nos...
e a escrever...
calo-me e, por breves instantes
talvez,
algures, a felicidade
possa encontrar-nos...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Grávida
Grávida de sonhos
em momentos inesquecíveis
rebentando as águas
nas madrugadas
doridas e simples
de um sonho nascido.
em momentos inesquecíveis
rebentando as águas
nas madrugadas
doridas e simples
de um sonho nascido.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Mulher
Que o tempo se mantenha
e te revejas nos caracóis louros
e nos olhos azuis
e possas perguntar
e obter as respostas,
que o tempo no desenho
seja o tempo
da permanência
e o sonho não seja vão
e que os olhos
questionem sempre
as respostas que ainda não tens.
O desenho é do António que me perdoe a ousadia de o publicar, sem autorização prévia...
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Baú
Procuro nos confins
da memória a música
que gravada permanece
ainda
nos meus ouvidos
dentro de um enorme baú
de recordações.
Tristemente adormecido
a cinza que resta
abraça-me a todo o momento
e a cinza que me abraça
deixa-me a música
gravada para que eu
não a esqueça
jamais.
Porque sei que nos encontraremos um dia e que tu ainda lês o que escrevo, eu continuo a escrever...
da memória a música
que gravada permanece
ainda
nos meus ouvidos
dentro de um enorme baú
de recordações.
Tristemente adormecido
a cinza que resta
abraça-me a todo o momento
e a cinza que me abraça
deixa-me a música
gravada para que eu
não a esqueça
jamais.
Porque sei que nos encontraremos um dia e que tu ainda lês o que escrevo, eu continuo a escrever...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Os ralos das piscinas
No blog da Flavia são relatados o perigo dos ralos das piscinas, o coma da menina e como a justiça é tão lenta.
A solidariedade da blogagem colectiva é uma chamada de atenção e uma força para a família.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Tourada
Hoje, mais que actual, fica o poema do José Carlos Ary dos Santos, escrito em finais de 1972 e interpretado por Fernando Tordo no Festival da Canção em 1973, ganhando o 1º prémio.
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro aos milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções.
A foto que escolhi foi tirada do bitaites.org
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Art & Design
Quando a voz
se me embarga
não é o riso
é a ternura
que marca o momento.
As palavras calam-se
porque a voz não
consegue soar,
porque os gestos
tocam-me o coração.
Para a Isabel Filipe que me dedicou o post de hoje, com o poema que eu escrevi para Vermoim.
Um obrigada muito grande pela sensibilidade que ainda existe.
se me embarga
não é o riso
é a ternura
que marca o momento.
As palavras calam-se
porque a voz não
consegue soar,
porque os gestos
tocam-me o coração.
Para a Isabel Filipe que me dedicou o post de hoje, com o poema que eu escrevi para Vermoim.
Um obrigada muito grande pela sensibilidade que ainda existe.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Escuto-te
Na paragem
de um tempo olvidado
não deixo de ouvir
o amanhecer
de um sorriso,
não deixo de ouvir
o silêncio
de uma voz.
Escuto-te...
de um tempo olvidado
não deixo de ouvir
o amanhecer
de um sorriso,
não deixo de ouvir
o silêncio
de uma voz.
Escuto-te...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Gosto de ti
Sabes que gosto de ti?
Já to disse?! Disse?
devo ter dito...
e tu não entendeste,
equivocaste-te
no dia e o dia
adormeceu
e a noite...
Sabes que eu gosto de ti
e que to disse
e que devo ter dito
e tu entendeste
e equivocaste-te
e naquele dia
em que eu te declarei
o quanto te amava
tu te perdeste
e na penumbra
inexistente
tu morreste
mais um pouco.
Não para mim. Isso não.
Eu gosto sempre de ti.
Já to disse?! Disse?
devo ter dito...
e tu não entendeste,
equivocaste-te
no dia e o dia
adormeceu
e a noite...
Sabes que eu gosto de ti
e que to disse
e que devo ter dito
e tu entendeste
e equivocaste-te
e naquele dia
em que eu te declarei
o quanto te amava
tu te perdeste
e na penumbra
inexistente
tu morreste
mais um pouco.
Não para mim. Isso não.
Eu gosto sempre de ti.
sábado, 8 de dezembro de 2007
CONVITE- I ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS
A Folheto Edições & Design com a colaboração do Elos Clube de Leiria têm o prazer de convidar V.Exa. e Família para o lançamento do livro I Antologia de Poetas Lusófonos.
Com a participação de 81 Poetas de 9 Países e 244 Poemas, esta obra, com o objectivo de promover a Língua Portuguesa, será apresentada por Arménio Vasconcelos, Presidente do Elos Clube de Leiria, e Adélio Amaro, Coordenador Editorial.
A sessão de apresentação terá lugar no Auditório da Região de Turismo Leiria/Fátima, Leiria, Portugal, no dia 15 de Dezembro de 2007, pelas 16 horas.
Haverá um momento de poesia com a participação de vários poetas e ainda um momento musical com composições e direcção do Maestro Vicente Narciso e vozes de Dina Malheiros, Genealda Sousa e Lucília Narciso.
Resta-me informar de que faço parte desta Antologia, com 5 poemas.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Uma história
Posso ser os olhos
os ouvidos a boca
e o olfacto
a mão que escreve
e tactear
e transmitir a outros
uma felicidade
que eu própria
talvez não consiga
sentir mais...
Porque colocaste um magnífico post, António,ontem dia 6, com o título 'Dá que pensar!', te dedico estas palavras.
os ouvidos a boca
e o olfacto
a mão que escreve
e tactear
e transmitir a outros
uma felicidade
que eu própria
talvez não consiga
sentir mais...
Porque colocaste um magnífico post, António,ontem dia 6, com o título 'Dá que pensar!', te dedico estas palavras.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Delírio
Não existe limite
à imaginação
delirante
o tempo é exíguo
mas os sonhos
prosseguem
a sua marcha
inesgotável
abrindo brechas
no fantástico.
à imaginação
delirante
o tempo é exíguo
mas os sonhos
prosseguem
a sua marcha
inesgotável
abrindo brechas
no fantástico.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Noite de Poesia em Vermoim
No passado sábado, dia 1, mais uma Noite de Poesia em Vermoim, onde ainda não pude estar presente.
O tema foi É Sempre Natal No Peito e o José Gomes teve a gentileza de ler as palavras que eu enviei, o que lhe agradeço com um grande abraço de Amizade.
SEMPRE
De braços abertos
as mãos voltadas
para o Natal
que no peito
sempre permanece.
De mãos abertas
coração sorrindo
para que no peito
o Natal sempre
inspire a nossa voz.
De coração aberto
lágrimas e sorrisos
tempos de festejar
o poder ser sempre
Natal no nosso peito.
O tema foi É Sempre Natal No Peito e o José Gomes teve a gentileza de ler as palavras que eu enviei, o que lhe agradeço com um grande abraço de Amizade.
SEMPRE
De braços abertos
as mãos voltadas
para o Natal
que no peito
sempre permanece.
De mãos abertas
coração sorrindo
para que no peito
o Natal sempre
inspire a nossa voz.
De coração aberto
lágrimas e sorrisos
tempos de festejar
o poder ser sempre
Natal no nosso peito.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Barro
De barro
e o molde perfeito
figuras minuciosas
de vários vagares
enquanto
(os pés não desmoronam)
a história faz-se
conta-se e reconta-se
e o barro endurece
e num entretanto
desfaz-se
e o pó cheira o acre
de pesadelo
e desmorona-se
perdida a forma.
e o molde perfeito
figuras minuciosas
de vários vagares
enquanto
(os pés não desmoronam)
a história faz-se
conta-se e reconta-se
e o barro endurece
e num entretanto
desfaz-se
e o pó cheira o acre
de pesadelo
e desmorona-se
perdida a forma.
Petição em prol das crianças vítimas de abusos
No blog da Isabel encontra-se a petição para ser assinada.
Já estão 793 assinaturas.
Conto com as vossas.
Já estão 793 assinaturas.
Conto com as vossas.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Sonhos
Quando sonho
os sonhos
que não durmo
acordada sonho
os sonhos
e quando adormecida
sonho que os sonhos
são os sonhos
que sonho
e durmo
e acordo
e não acordo
e não durmo
quando sonho
os sonhos
e acordada
sonho que sonhos são.
os sonhos
que não durmo
acordada sonho
os sonhos
e quando adormecida
sonho que os sonhos
são os sonhos
que sonho
e durmo
e acordo
e não acordo
e não durmo
quando sonho
os sonhos
e acordada
sonho que sonhos são.
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