segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Indolor

Quando eu tiver
As mãos doridas
De tanto escrever
Invento uma forma
Indolor
E escrevo
Na parte de dentro
Das folhas
Onde não magoa
O poema
E onde as mãos doridas
Poderão
Descansar
Sobre a luz
Da memória.

In' marcas ou memórias do vento' Editora Apenas Livros, 2009.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bolina

Vou navegando
à bolina
sem grandes inquietações;
assim talvez
aporte por aí
-algures-,
num espaço vago
e num tempo
diferente.